CID perda auditiva: veja a classificação atualizada
Descubra qual é o CID da perda auditiva, os diferentes tipos, sintomas e como cada código se aplica a casos clínicos específicos.

A perda auditiva afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode impactar significativamente a qualidade de vida. No contexto da medicina e da saúde pública, ela é classificada por meio do CID — Código Internacional de Doenças — utilizado para padronizar diagnósticos. Neste artigo, você entenderá o que é o CID da perda auditiva, quais são suas classificações e os principais sintomas relacionados.
O que é o CID da perda auditiva?
O CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é utilizado globalmente para categorizar doenças. Cada condição de saúde recebe um código específico que facilita o registro, a análise e o acompanhamento estatístico.
A perda auditiva está inserida na categoria H90 a H91, dentro do capítulo VIII da CID-10, que trata das doenças do ouvido e da apófise mastoide.
Classificações do CID para perda auditiva
A classificação do CID-10 para perda auditiva se baseia na localização do dano (condutiva, neurossensorial ou mista) e na lateralidade (unilateral ou bilateral). Confira os principais códigos:
CID H90 – Perda auditiva condutiva e neurossensorial
- H90.0 – Perda auditiva condutiva bilateral
- H90.1 – Perda auditiva condutiva unilateral com audição irrestrita no outro ouvido
- H90.2 – Perda auditiva condutiva, não especificada
- H90.3 – Perda auditiva neurossensorial bilateral
- H90.4 – Perda auditiva neurossensorial unilateral com audição irrestrita no outro ouvido
- H90.5 – Perda auditiva neurossensorial, não especificada
- H90.6 – Perda auditiva mista bilateral (condutiva e neurossensorial)
- H90.7 – Perda auditiva mista unilateral com audição irrestrita no outro ouvido
- H90.8 – Perda auditiva mista, não especificada
CID H91 – Outras perdas auditivas
- H91.0 – Perda auditiva ototóxica
- H91.1 – Perda auditiva súbita idiopática
- H91.2 – Perda auditiva neural
- H91.3 – Surdez neurossensorial progressiva
- H91.8 – Outras perdas auditivas especificadas
- H91.9 – Perda auditiva, não especificada
Importante: Os códigos H90.0 a H90.8 são usados para perdas auditivas originadas de causas não congênitas. Já as perdas auditivas de origem congênita (presentes desde o nascimento) são classificadas em Q16, fora do capítulo VIII.
Tipos de perda auditiva
A classificação do CID reflete os tipos clínicos de perda auditiva, que incluem:
- Perda auditiva condutiva: ocorre quando há um bloqueio ou disfunção no ouvido externo ou médio, dificultando a condução do som até o ouvido interno.
- Perda auditiva neurossensorial: envolve danos na cóclea ou no nervo auditivo, comprometendo a percepção sonora.
- Perda auditiva mista: combinação de perda condutiva e neurossensorial.
- Perda auditiva súbita: de instalação rápida, geralmente em até 72 horas, e exige atendimento médico urgente.
- Perda auditiva induzida por ruído: provocada por exposição prolongada a sons intensos, comum em ambientes industriais ou músicos.
Principais sintomas da perda auditiva
Os sinais de perda auditiva variam conforme o grau, o tipo e a causa da condição. Entre os sintomas mais frequentes, destacam-se:
- Dificuldade para entender conversas, principalmente em ambientes com ruído
- Necessidade de aumentar o volume da TV ou do rádio
- Sensação de que as pessoas estão “murmurando”
- Zumbido constante (tinnitus)
- Isolamento social ou dificuldade de interagir em grupo
- Fadiga auditiva (cansaço ao tentar ouvir)
- Dificuldade de localização sonora (identificar de onde vem o som)
- Em crianças, atraso na fala ou dificuldade de aprendizado
Como diagnosticar e tratar a perda auditiva
O diagnóstico da perda auditiva é realizado por um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo, por meio de exames como:
- Audiometria tonal e vocal
- Impedanciometria
- Otoemissões acústicas
- Potenciais evocados auditivos
O tratamento depende do tipo e grau da perda auditiva, podendo incluir:
- Uso de aparelhos auditivos digitais
- Implantes cocleares (em casos severos)
- Cirurgias corretivas (em algumas perdas condutivas)
- Acompanhamento fonoaudiológico
- Medicação, quando indicada
Quando procurar ajuda?
A qualquer sinal de dificuldade auditiva, é essencial procurar um especialista. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores as chances de reabilitação eficaz, especialmente em crianças, cujo desenvolvimento da linguagem pode ser afetado.
Perguntes frequentes sobre CID de perda auditiva
O mais frequente é H90.3 (perda auditiva neurossensorial bilateral), que se encaixa na chamada presbiacusia.
São classificadas com o código Q16, referente a malformações do ouvido.
Depende da causa. Se a perda auditiva for o foco do diagnóstico, usa-se H90 ou H91, conforme o tipo. Se a causa principal for infecção ou trauma, pode-se usar CIDs combinados.
Sim. O código é H93.1 – Zumbido.
Sim, mas por ser “não especificado”, é recomendável utilizar um código mais preciso quando possível, especialmente em documentos periciais ou administrativos.