Doenças crônicas podem causar perda de audição? Entenda a relação
Descubra como doenças crônicas como diabetes e hipertensão podem causar ou agravar a perda de audição. Saiba como prevenir!

A perda de audição é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, impactando significativamente a qualidade de vida. Embora seja frequentemente associada ao envelhecimento ou à exposição a ruídos intensos, diversos estudos indicam uma forte relação entre doenças crônicas e problemas auditivos.
Entender essa conexão é fundamental para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, evitando complicações que podem comprometer a saúde auditiva e geral do indivíduo.
Qual é a relação entre doenças crônicas e perda de audição?
Diversas doenças crônicas podem afetar negativamente a saúde auditiva, seja por mecanismos diretos, como danos às estruturas do ouvido, ou indiretos, como alterações na circulação sanguínea ou processos inflamatórios sistêmicos. A seguir, destacamos as principais condições associadas à perda auditiva.
Diabetes Mellitus
O diabetes é uma das doenças crônicas mais associadas à perda de audição. Estudos indicam que pessoas com diabetes têm o dobro de risco de desenvolver perda auditiva em comparação com indivíduos sem a doença.
Como o diabetes afeta a audição?
A hiperglicemia crônica pode provocar danos aos pequenos vasos sanguíneos e nervos do ouvido interno (cóclea), prejudicando a transmissão dos sinais sonoros. Além disso, alterações metabólicas e processos inflamatórios podem acelerar a degeneração auditiva.
Hipertensão Arterial
A hipertensão arterial, ou pressão alta, também é um fator de risco importante. A elevação crônica da pressão compromete a circulação sanguínea, inclusive nos vasos delicados do ouvido interno.
Consequências da hipertensão na audição:
- Isquemia e hipóxia das células ciliadas, responsáveis pela captação dos sons.
- Maior predisposição a lesões auditivas súbitas ou progressivas.
Além disso, o uso prolongado de alguns medicamentos anti-hipertensivos pode ter efeitos ototóxicos.
Dislipidemia (Colesterol alto)
Níveis elevados de colesterol e triglicerídeos favorecem o acúmulo de placas ateroscleróticas nos vasos sanguíneos, reduzindo a oxigenação e a nutrição do ouvido interno.
Efeitos da dislipidemia na audição:
- Diminuição da perfusão coclear.
- Aumento do risco de perda auditiva neurossensorial, principalmente em adultos mais velhos.
Doenças renais crônicas
As doenças renais, especialmente em estágios avançados, estão associadas a alterações metabólicas e vasculares que afetam diversos órgãos, incluindo o sistema auditivo.
Por que há essa relação?
- Semelhança estrutural entre as células do rim e do ouvido interno.
- Acúmulo de toxinas que podem prejudicar as células auditivas.
- Uso de medicamentos nefrotóxicos e ototóxicos.
Doenças autoimunes
Algumas doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren e artrite reumatoide, podem comprometer a audição.
Mecanismos envolvidos:
- Inflamação crônica e ataque imunológico às estruturas do ouvido.
- Vasculite (inflamação dos vasos) que prejudica a irrigação da cóclea.
- Episódios de perda auditiva súbita associados à atividade da doença.
Obesidade
A obesidade, frequentemente associada a outras doenças crônicas como diabetes e hipertensão, também é considerada um fator de risco para perda auditiva.
Como a obesidade interfere?
- Aumento do estresse oxidativo e da inflamação sistêmica.
- Alterações metabólicas que afetam a microcirculação coclear.
- Potencial aumento da pressão intracraniana, prejudicando a função auditiva.
Outros fatores relacionados
Além das doenças citadas, condições como o tabagismo, o sedentarismo e dietas desequilibradas podem potencializar o risco de perda auditiva, especialmente quando associadas a doenças crônicas. O uso prolongado de certos medicamentos (antibióticos aminoglicosídeos, diuréticos de alça, quimioterápicos) também merece atenção devido ao risco de ototoxicidade.
A importância do diagnóstico precoce
Identificar precocemente a perda de audição em pessoas com doenças crônicas é fundamental para minimizar o impacto funcional e social. A avaliação audiológica deve ser incluída como parte do acompanhamento médico regular desses pacientes.
Principais sinais de alerta:
- Dificuldade para compreender a fala em ambientes ruidosos.
- Necessidade de aumentar o volume da televisão ou telefone.
- Sensação de zumbido (tinnitus).
- Isolamento social e dificuldades de comunicação.
Como prevenir a perda auditiva associada a doenças crônicas?
A prevenção da perda auditiva em indivíduos com doenças crônicas envolve o controle rigoroso dos fatores de risco e hábitos saudáveis. Confira as principais recomendações:
- Manter os níveis de glicemia e pressão arterial dentro dos valores recomendados.
- Praticar atividade física regularmente.
- Adotar uma dieta equilibrada e rica em antioxidantes.
- Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
- Realizar exames audiológicos periódicos, especialmente em caso de sintomas ou diagnóstico de doença crônica.
- Utilizar medicamentos ototóxicos com cautela, sempre sob orientação médica.
Tratamento
Quando a perda auditiva já está instalada, o tratamento pode incluir:
- Aparelhos auditivos: ajudam na amplificação dos sons e na melhoria da qualidade de vida.
- Implantes cocleares: indicados em casos mais graves de perda auditiva neurossensorial.
- Terapias de reabilitação auditiva: importantes para readaptação e melhora na comunicação.
- Controle rigoroso da doença crônica de base: para evitar a progressão da perda auditiva.
A relação entre doenças crônicas e perda de audição é bem estabelecida e merece atenção de profissionais de saúde e pacientes. O controle adequado das enfermidades crônicas, associado à prevenção e ao diagnóstico precoce das alterações auditivas, é essencial para preservar a qualidade de vida e a saúde auditiva ao longo dos anos.
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