Qual a diferença dos aparelhos auditivos internos e externos?
Entenda as principais características, vantagens e desvantagens de cada tipo de aparelho auditivo
Marcelino Matos
em
Tempo de leitura: 4 minutos
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Os aparelhos auditivos evoluíram significativamente ao longo dos anos. Com opções cada vez mais discretas, potentes e tecnológicas, escolher o tipo de aparelho auditivo ideal pode gerar dúvidas, especialmente quando falamos sobre a diferença entre aparelhos auditivos internos e externos. Este artigo detalha as principais distinções entre esses dois tipos, seus benefícios, limitações e para quem cada um é mais indicado.
O que são aparelhos auditivos internos?
Os aparelhos auditivos internos, também conhecidos como intra-auriculares (in-the-ear, ITE), são modelos que ficam totalmente ou parcialmente posicionados dentro do ouvido do usuário. Eles são confeccionados sob medida, com base em um molde tirado da anatomia do conduto auditivo do paciente.
Tipos de aparelhos auditivos internos
- CIC (Completely-in-Canal): completamente dentro do canal auditivo, é o mais discreto.
- ITC (In-the-Canal): parcialmente visível, encaixa-se no canal auditivo.
- IIC (Invisible-in-Canal): posicionado profundamente no canal auditivo, é o menor e mais invisível dos modelos.
Vantagens
- Alta discrição estética
- Conforto personalizado
- Qualidade sonora mais natural (som captado mais próximo ao tímpano)
- Boa indicação para perdas leves a moderadas
Desvantagens
- Menor potência comparada aos modelos externos
- Manutenção mais delicada (sensíveis ao cerume e umidade)
- Bateria menor, com duração mais curta
- Dificuldade de manuseio para pessoas com limitações motoras
O que são aparelhos auditivos externos?
Os aparelhos auditivos externos, também chamados de retroauriculares (Behind-the-Ear, BTE), ficam posicionados atrás da orelha. Um tubo fino ou fio conduz o som para o interior do canal auditivo por meio de um pequeno receptor.
Tipos de aparelhos auditivos externos
- BTE tradicional: mais robusto, com tubo moldado ao canal.
- RIC (Receiver-in-Canal): receptor dentro do canal, ligado ao corpo do aparelho por um fio fino e quase invisível.
Vantagens
- Potência elevada (indicados para perdas severas a profundas)
- Maior durabilidade
- Componentes maiores e mais acessíveis para manuseio
- Versatilidade de ajustes e recursos tecnológicos
Desvantagens
- Mais visíveis do que os modelos internos
- Podem causar desconforto em usuários que usam óculos
- Menor estética para quem prioriza discrição
Tabela comparativa: Internos vs. Externos
| Característica | Internos (ITE, CIC, ITC, IIC) | Externos (BTE, RIC) |
|---|---|---|
| Discrição | Alta (especialmente CIC) | Média a baixa (dependendo do modelo) |
| Potência | Leve a moderada | Moderada a profunda |
| Conforto | Personalizado ao canal auditivo | Pode interferir com óculos |
| Manutenção | Exige maior cuidado | Mais fácil de limpar e ajustar |
| Durabilidade | Menor, mais sujeito a umidade | Maior resistência e vida útil |
| Tecnologia integrada | Limitada pelo espaço | Mais espaço para recursos avançados |
Qual modelo escolher?
A escolha entre aparelhos auditivos internos e externos deve levar em conta fatores como:
- Grau da perda auditiva
- Estilo de vida do usuário
- Preferência estética
- Capacidade de manuseio
- Custos e recursos tecnológicos desejados
A avaliação com um fonoaudiólogo é indispensável. Somente um profissional poderá indicar o tipo ideal de aparelho após realizar exames auditivos e analisar suas necessidades específicas.
A principal diferença entre os aparelhos auditivos internos e externos está no posicionamento, potência e nível de discrição. Enquanto os internos são mais discretos e confortáveis para perdas leves a moderadas, os externos oferecem potência e durabilidade para perdas mais severas.
Seja qual for o modelo, o mais importante é buscar reabilitação auditiva o quanto antes. A perda auditiva, quando não tratada, pode impactar negativamente a saúde emocional, social e cognitiva.
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